É dito que a amizade é um amor que nunca morre.
Existem pessoas que passam pela nossa vida e permanecem por um certo período de tempo e rendem eternas lembranças . Algumas permanecem uma vida inteira e com estas aprendemos as mais valiosas lições. Outras, ainda, somente compartilham alguns momentos em comum, “meio que” por acaso, e sua presença passa quase despercebida. Porém, sua ausência nos surpreende com lembranças e com sentimentos de carisma e ternura que nem se supunha ter por ela.
A vida não passa de uma oportunidade de encontro.
Quando ingressamos na vida acadêmica, durante os quatro anos de uma graduação, criamos laços e fazemos amizades que duram muito tempo, outras nem tanto. Entretanto, todas fazem parte da nossa história e nos fazem ser quem somos, pois o valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.
Domingo, dia 4 de outubro de 2010, o curso de letras da UNIOESTE, campus de Marechal Cândido Rondon, perdeu um discente... alguns de nós perdeu um grande amigo... Outros perderam um companheiro... Outros perderam a pessoa simpática que subia as escadas do segundo andar em direção à sala de aula de alemão todas as terças e quartas-feiras. Mas todos nós perdemos muito.
Ezequiel Carlos Correia tinha 28 anos, era professor, formou-se na UNIOESTE em 2009 em, Letras Português/Inglês, mas decidiu retornar à universidade para fazer a disciplina de alemão. Era comprometido com o curso e defendia os interesses dos alunos enquanto fez parte do Centro Acadêmico.
Possuía uma afinidade invejável com língua estrangeira: estudou inglês, japonês e era hábil com alemão. Sempre sabia em que página do livro o professor estava e como se pronunciava aquela tal palavra. Também nunca se mostrou impaciente com aquela menina que esquecia o nome dele e ao invés de o chamar de Ezequiel, chamava de Elieser. Conversava em tom de voz baixo, grave, neutro, como de quem apresenta um telejornal, exceto pela postura descontraída e o sorriso tímido entre as palavras.
Mas, bem, ele se foi... Deixou um pouco de si em nós e levou um pouco de nós consigo. Haverá tristeza toda vez que olharmos aquela carteira vaga na aula de alemão, quando fizermos festa da turma e lembrarmos das festas em que ele participou , ao rever fotos, etc...
Mas a saudade também tem seu lado bom: será uma grande felicidade relembrarmos tudo isso e reviver no pensamento todos esses momentos felizes, certos de que tristeza mesmo seria se nunca tivéssemos passado por tudo isso juntos, e não o fato de não podermos mais vivê-los.
E aquela tristeza ficará com gosto de gratidão...
Seremos gratos por o termos conhecido e nossos caminhos terem se cruzado...
Seremos gratos por ele ter feito parte das nossas vidas...
E essa saudade fará projetar no nosso pensamento aquilo que, sendo belo, não se perdeu, para experimentarmos o que dizem: que a amizade é um amor que nunca morre...
Parabéns, Ana! Lindas palavras, vindas de um coração puro e verdadeiro e destinadas a outro semelhante.
ResponderExcluirExistem pessoas que passam em nossas vidas por: Uma razão! Uma Estação! Ou pela vida inteira. Com certeza, nosso querido amigo não estará fisicamene presente, mas em cada um de nós, ele viverá para sempre.
Abraço a todos.