C.A.L. - o nome

Entenda o nome do C.A.L. O texto a seguir foi postado neste blog no dia 17 de outubro de 2010:


Segue abaixo uma homenagem do Centro Acadêmico de Letras ao colega de C.A., amigo e aluno Ezequiel. A homenagem foi escrita por Ana Paula Kezerle, em nome de todos os membros do C.A.:


            É dito que a amizade é um amor que nunca morre.

            Existem pessoas que passam pela nossa vida e permanecem por um certo período de tempo e rendem eternas lembranças . Algumas permanecem uma vida inteira e com estas aprendemos as mais valiosas lições. Outras, ainda, somente compartilham alguns momentos em comum, “meio que” por acaso, e sua presença passa quase despercebida. Porém, sua ausência nos surpreende com lembranças e com sentimentos de carisma e ternura que nem se supunha ter por ela.

            A vida não passa de uma oportunidade de encontro.

            Quando ingressamos na vida acadêmica, durante os quatro anos de uma graduação, criamos laços e fazemos amizades que duram muito tempo, outras nem tanto. Entretanto, todas fazem parte da nossa história e nos fazem ser quem somos, pois o valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

            Domingo, dia 4 de outubro de 2010, o curso de letras da UNIOESTE, campus de Marechal Cândido Rondon, perdeu um discente... alguns de nós perdeu um grande amigo... Outros perderam um companheiro... Outros perderam a  pessoa simpática que subia as escadas do segundo andar em direção à sala de aula de alemão todas as terças e quartas-feiras. Mas todos nós perdemos muito.

            Ezequiel  Carlos Correia tinha 28 anos, era professor, formou-se na UNIOESTE em 2009 em, Letras Português/Inglês, mas decidiu retornar à universidade para fazer a disciplina de alemão. Era comprometido com o curso e defendia os interesses dos alunos enquanto fez parte do Centro Acadêmico.

            Possuía uma afinidade invejável com língua estrangeira: estudou inglês, japonês e era hábil com alemão. Sempre sabia em que página do livro o professor estava e como se pronunciava aquela tal palavra. Também nunca se mostrou impaciente com aquela menina que esquecia o nome dele e ao invés de o chamar de Ezequiel, chamava de Elieser. Conversava  em tom de voz baixo, grave, neutro, como de quem apresenta um telejornal, exceto pela postura descontraída e o sorriso tímido entre as palavras.

            Mas, bem, ele se foi... Deixou um pouco de si em nós e levou um pouco de nós consigo. Haverá tristeza toda vez que olharmos aquela carteira vaga na aula de alemão, quando fizermos festa da turma e lembrarmos das festas em que ele participou , ao rever fotos, etc...

            Mas a saudade também tem seu lado bom: será uma grande felicidade relembrarmos tudo isso e reviver no pensamento todos esses momentos felizes, certos de que tristeza mesmo seria se nunca tivéssemos passado por tudo isso juntos, e não o fato de não podermos mais vivê-los.

            E aquela tristeza ficará com gosto de gratidão...
            Seremos gratos por o termos conhecido e nossos caminhos terem se cruzado...
            Seremos gratos por ele ter feito parte das nossas vidas...

            E essa saudade fará projetar no nosso pensamento aquilo que, sendo belo, não se perdeu, para experimentarmos o que dizem: que a amizade é um amor que nunca morre...

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